domingo, 25 de março de 2007

School for Designing a Society

Criticisms of the problems of the present society are often met with justifications. Once these justifications fail, many a conversation of hopeful intention is stopped with the (final) statement: "The present organization of society is the best we have", or the question: "Do you have a better idea?"

This is a moment of possibility and not one to be left speechless. Indeed, many a time, the respondent finds herself sputtering, filled with a spirit of rebellion which unfortunately gets watered down to the mere language of complaint.

Having had the time and opportunity to create--in conjunction with others of diverse experiences--detailed maps, dreams, plans, scripts, scores, videos, and blueprints of her desirable society, we imagine the situation could go differently.

Imagine an atmosphere of audacity: She's asked the question: "Do you have a better idea?" Everyone taking a coffeebreak looks at her or their shoes. She looks the interlocutor in the eye and reaches into her purse? knapsack? briefcase? kitchen drawer? for a booklet of proposals, slaps it on the table scattering cigarette butts, and answers: "Here, read this--this will give you an idea of what I want."



www.designingasociety.org/

terça-feira, 20 de março de 2007

de repente, o mundo parece uma tela branca

Manha que neva, tudo tao branco la fora.

Sementes de girassol escaldadas no fogao a lenha, e o porridge que comeCa a ser indispensavel ao pequeno.almoCo.

Sao imagens desta terra estranha a minha pele.

Mas sabem bem.

domingo, 11 de março de 2007

No Sábado

Destino: Hallstatt.







Algumas horas de comboio, vários transbordos. 11 euros ida-e-volta. Visitámos a capital austríaca do Sal, neste dia de humor climatérico instável.








A aldeia situa-se entre o Hallstatter See e as Montanhas Dachstein. À medida que nos aproximávamos da costa, a fileira de casas desmembrava-se em camadas, mas nao deixava de parecer uma meia lua encravada entre a água e a montanha.A linha-de-ferro nao atravessa o lago, pelo que o fizemos de barco, com a simpatia do moCo que ia ao leme, que nos vendeu bilhetes a preCo de crianCa.



Ao desembarcar, deparámos com as duas maiores construCoes da aldeia, pelo menos à primeira vista: duas igrejas. Uma católica, outra evangelista. Ambas com uma ornamentaCao muito requintada e cuidada. A católica, com um fresco de cores vivas por cima do alpendre, tinha no seu interior um altar gótico muito trabalhado. No "jardim" por trás, o cemitério e a capela dos ossos, exibindo caveiras e fémures empilhados em torno do que parecia ser um oratório ou altar, talvez, e com a particularidade de terem sido pintados com nomes datas, e alguns até com folhas de loureiro. Por seu lado, a evangélica com uma pia baptismal ao centro, os vitrais coloridos, e o órgao gigante no andar superior, tornavam-na mais simples e clara, ao mesmo tempo. Assombrou-me a giganteza de tais edifícios para tao pequena populaCao. E a cohabitaCao das duas vertentes crist~as em tao anunciada avultada importancia para essa mesma populaCao.

Passeámos à chuva, à neve (ou esboCo disso), pelas ruas estreitas da aldeia. Era de comum acordo que nos perderíamos pelos pequenos ramos em encosta que saíam da via principal. O que mais me saltou à vista foram pequenos indícios da história das gestes daquele sítio. E havia vários. Por exemplo, algumas figuras retratando mulheres a carregar sacos com pedras de sal, a partir das minas de sal. Algumas delas com uma barriga proeminente....grávida, eu diria. Depois de uma época áurea para aquela aldeia, viveram-se tempos difíceis quando o sal comeCou a chegar doutros sítios para a Europa. Conta-se que as mulheres davam aos filhos uma bebida alcoólica conhecida da regiao (e que eu só sei balbuciar, quanto mais escrever...) para que eles acalmassem e estivessem quietos, para as deixarem trabalhar livremente.





Outras histórias de fonte mais fiável encontrámo-las no Museu da aldeia. Lá vimos achados arqueológicos de várias épocas, organizados por ordem cronológica. Sabiam que os celtas estiveram por lá a escavar minas de sal? Há imensos vestígios deles lá.


Enfim, a aldeia faz mesmo juz àquilo que vem descrito nos guias do país: "no século XIX, Hallstatt, no centro da regiao dos lagos de Salzkammergut, era descrita como a mais bela aldeia do mundo junto a um lago".




E assim nos despedimos do Oystein, que vai continuar a sua viagem pelo mundo. Abriu os braCos e encontrou-nos às duas. Disse-lhe "o gajo noruegues a dar um abraCo? Que é que te deu?", mas ele nao perdeu a distancia-proximidade tao caracteristica dele, ou atitude de gosto-mas-nao-quero-mostrar-levem-lá-um-sorriso, e disse: "bom, é um abraCo....uma abraCo colectivo!"








AbraCOS colectivos, mas pessoais, porque vos escrevo a todos como se fosse individualmente.

*

Decidi dar ouvidos àqueles que me aconselharam um blog, em vez de uma newsletter.


Uma foto:


Este é o castelo de Riegersburg, que se ve do terraCo, assim como está.